Em busca do Falso Brilhante – performance e projeto autoral na trajetória de Elis Regina (Brasil, 1965-1976)
Rafaela Lunardi Elis Regina foi uma artista que atingiu o coração das massas e a cabeça dos críticos ao longo de uma meteórica carreira de pouco menos de 20 anos. Sua morte súbita, em 1982, transformou-a em mito da música popular brasileira, cristalizando-a como uma espécie de unanimidade nacional acima de qualquer questionamento. Sem duvidar do grande talento de Elis, e negociando com sua própria condição de fã-pesquisadora, Rafaela Lunardi nos oferece uma análise crítica e inovadora sobre a grande cantora brasileira. Seu livro, produto de um mestrado defendido na Universidade de São Paulo, recoloca o mito Elis dentro da história da MPB e do Brasil, esmiuçando várias passagens cruciais e polêmicas da grande cantora: A difícil afirmação no começo de carreira, as patrulhas ideológicas e estéticas que a cercaram, a busca de um repertório coerente com suas escutas e gostos pessoais e com as demandas socioculturais dos anos 1960 e 1970. Estes e outros episódios estão contemplados neste livro voltado para quem compartilha a ideia de que a música popular brasileira é boa para ouvir e boa para pensar. Marcos Napolitano Prêmio História Social – USP - Capes ISBN: 978-85-8499-013-9 Formato: 16x23 cm Paginas: 370 Preço: R$ 40,00 |
A luta armada no cinema – ficção, documentário, memória
Fernando Seliprandy O cinema brasileiro tem uma ampla filmografia sobre a ditadura militar brasileira, que acaba por compartilhar questões historiográficas e memórias produzidas pelos protagonistas daquele momento dramático. A luta armada dos anos 1960 e 1970 é um dos processos históricos mais representados pelo cinema de ficção e pelos documentários. Normalmente, os estudos de história enfocam um ou outro gênero, a parti r das relações entre o filme e a “realidade” que lhe é exterior. O caminho escolhido por Fernando Seliprandy neste livro vai na contramão destas tendências da historiografia. Ficção e documentário – O que é isso, companheiro? e Hércules 56 – são analisados de maneira entrecruzada, nos quais as regras de gênero narrativo são cotejadas com o material histórico que lhes servem de referência, ou seja, o sequestro do embaixador estadunidense Charles Elbrick em 1969. Fernando Seliprandy realiza este cotejamento não para concluir qual filme fala a “verdade histórica”, ou se algum deles é fiel aos “fatos”. Ao contrário, os filmes são tomados como peças de intervenção no debate político e cultural. Neste senti do, tanto a ficção quanto o documentário, mesmo estando além e aquém do real, fazem parte da experiência histórica, formatando eventos, revendo tabus e construindo senti dos para o passado que não passa da ditadura brasileira. Marcos Napolitano Prêmio História Social – USP - Capes ISBN: 978-85-8499-012-2 Formato: 16x23 cm Paginas: 218 Preço: R$ 40,00 |